Crepúsculos dos deuses?
Outro dia li uma entrevista com um ex-ministro francês e filósofo, Luc Ferri, o responsável pela proibição de referências religiosas nas escolas francesas. Ele deve estar vindo ao Brasil para uma série de palestras e toda sua mensagem é muito influenciada por Nietzsche especialmente o Crepúsculo dos ídolos (ou como filosofar com o martelo). Ferri é bastante iconoclasta e acha que a sociedade agora está em busca das verdades das comunidades e não de grandes pensadores, líderes políticos e religiosos.
Fui dar uma olhada no texto do Nietzsche, numa edição do ano de 2000, editada pela Relume Dumará. É o seu último livro e na contracapa já dizem que esta é uma obra da sua maturidade onde ele quer, com o martelo, quebrar a rigidez das idéias dos ídolos do pensamento (filósofos gregos, alemães, franceses ou ingleses) e, sem aniquilar tudo, propor-lhes uma revitalização.
Falando de educação, ele compara o ideal de “melhorar” os homens ao de desejar “domesticá-los”. “Quem sabe o que acontece nos amestramentos em geral duvida de que a besta seja aí mesmo “melhorada”. Ela é enfraquecida, tornam-na menos nociva, ela se transforma em uma besta doentia através do afeto depressivo do medo, através do sofrimento, através das chagas, através da fome.” (p.58)
E sobre educadores: “Educadores são necessários, educadores que sejam eles mesmos educados, espíritos superiores e nobres, que mostrem seu valor a cada instante, através da palavra e do silêncio, culturas que se tornaram maduras e doces.” (p.68)
Mais um pensamento muito bom é quando ele propõe as “nuances”, os “pés leves”, quando fala da necessidade de se aprender a pensar: “Em verdade, não se pode subtrair da educação nobre a dança em todas as suas formas: poder dançar com os pés, com os conceitos, com as palavras; eu diria ainda que também se precisa poder dançar com a pena.” (p.71)
Fui dar uma olhada no texto do Nietzsche, numa edição do ano de 2000, editada pela Relume Dumará. É o seu último livro e na contracapa já dizem que esta é uma obra da sua maturidade onde ele quer, com o martelo, quebrar a rigidez das idéias dos ídolos do pensamento (filósofos gregos, alemães, franceses ou ingleses) e, sem aniquilar tudo, propor-lhes uma revitalização.
Falando de educação, ele compara o ideal de “melhorar” os homens ao de desejar “domesticá-los”. “Quem sabe o que acontece nos amestramentos em geral duvida de que a besta seja aí mesmo “melhorada”. Ela é enfraquecida, tornam-na menos nociva, ela se transforma em uma besta doentia através do afeto depressivo do medo, através do sofrimento, através das chagas, através da fome.” (p.58)
E sobre educadores: “Educadores são necessários, educadores que sejam eles mesmos educados, espíritos superiores e nobres, que mostrem seu valor a cada instante, através da palavra e do silêncio, culturas que se tornaram maduras e doces.” (p.68)
Mais um pensamento muito bom é quando ele propõe as “nuances”, os “pés leves”, quando fala da necessidade de se aprender a pensar: “Em verdade, não se pode subtrair da educação nobre a dança em todas as suas formas: poder dançar com os pés, com os conceitos, com as palavras; eu diria ainda que também se precisa poder dançar com a pena.” (p.71)
E, para fechar com algo bem conhecido dos "exploratórios", Nietzsche diz que "Quando se possui o "por quê?" da vida, então se suporta todo "como?"." (p.11)
3 Comments:
O que é isso? Quer dizer, o comentário. Nada a ver nem com filosofia, nem com educação. Mas, voltando ao Nietsche, será que ele já nasceu exploratório, é?
Talvez esteja parecendo que somos nietzschenianas...
ora vejam só!
Dei uma bobeira e o blog já está enriquecido e crescido com novidades e belas imagens ( vamos rimar! )
e não é que Nietsche tem tudo a ver!
Post a Comment
<< Home