Para os amigos exploratórios que sabem da minha paixão por Clarice Lispector (ou, se não sabiam, acabam de descobrir). Estava lendo um livro desta grande mulher e me deparei com o seguinte trecho, que me lembrou nossas buscas por entendimento.
NÃO ENTENDER
NÃO ENTENDER
Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter a loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo. (Aprendendo a viver, 2004:97, itálicos no original)
Será que precisamos, realmente, entender ou, quem sabe, procurar não entender? Estou mais para a segunda hipótese!
Adriana Nóbrega
2 Comments:
E praticamente uma ode para os inquietos questionadores. :-)
PS: Sorry! Sem acentos por aqui.
COM TODO RESPEITO E ADMIRAÇÃO QUE TENHO POR CLARISSE LISPECTOR,
ENTENDER É FUNDAMENTAL PARA MIM!!!
ABRAÇOS,
MARALIZ
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